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1912 - No dia 13 de Dezembro, uma
sexta-feira, nasce, na fazenda Caiçara, terras do barão de Exu, o segundo dos
nove filhos do casal Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus, que na
pia batismal da matriz de Exu recebe o nome de Luiz (por ser o dia de Santa
Luzia) Gonzaga (por sugestão do vigário) Nascimento (por ter nascido em
dezembro, também mês de nascimento de Jesus Cristo).
1920 - Luiz Gonzaga, com apenas 8 (oito) anos de idade substitui um sanfoneiro em festa tradicional na fazenda Caiçara, no Araripe, Exu, a pedido de amigos do pai. Canta e toca a noite inteira e, pela primeira vez, recebe o que hoje se chamaria cachê; o dinheiro - 20$000 (vinte mil réis) - "amolece" o espírito da mãe, que não o queria sanfoneiro. A partir daí, os convites para animar festas - ou sambas, como se dizia na época - tornam-se freqüentes. Antes mesmo de completar 16 anos, "Luiz de Januário", "Lula" ou Luiz Gonzaga já é nome conhecido no Araripe e em toda a redondeza, como Canoa Brava, Viração, Bodocó e Rancharia.
1926 - Início real de sua vida
artística, quando tocou seu primeiro "samba" ganhando dinheiro.
Começou também a estudar no grupo de escoteiros de um sargento da polícia do
Rio de Janeiro chamado Aprígio. Seu amigo Gilberto Ayres, filho do Cel.
Ayres, o convenceu a mudar-se para a cidade, deixando o Araripe. Hospedaram-se
na casa de Dona Vitalina e o amigo Gilberto foi seu primeiro empresário.
1929 - Conhece Nazarena, por quem se
apaixona e com quem namora às escondidas. Rejeitado pelo pai da moça, de
família importante, vai tirar satisfações da desfeita armado com uma faquinha,
após uns goles de cana. Leva uma surra de Santana, e foge de casa para o Crato,
no Ceará, onde vende sua sanfoninha de 8 baixos.
1930 - Luiz Gonzaga aumenta sua idade para sentar praça no
Exército, na cidade de Fortaleza. Com o advento da Revolução de 30 segue em
missão militar pelo Brasil como soldado Nascimento. Mestre Januário consegue
reaver a sanfona vendida no Crato por 80 mil réis, através de um amigo, o Sr.
José Lindolfo.
1931 - Após o término do tempo legal de serviço militar, o
soldado Nascimento escolhe continuar servindo no Exército, instituição que
representou o papel de uma grande e importante escola. Nas horas vagas
acompanhava, pelos programas de rádio, os sucessos musicais da época.
1933 - Por não conhecer a escala musical, é reprovado num
concurso para músico numa unidade do exército, em Minas Gerais. Vira
soldado-corneteiro e ganha o apelido de “bico de aço”.
1936 - Gonzaga aprende a tocar sanfona de 120 baixos em
Minas Gerais, com um soldado de polícia chamado Domingos Ambrósio. Para
treinar, adquire uma sanfona de 48 baixos e aproveita as folgas da caserna para
tocar em festas.
1938 - Gonzaga é ludibriado por um caixeiro-viajante, a
quem paga 500 mil réis em prestações mensais para adquirir uma sanfona branca,
Honner, de 80 baixos. Foge do quartel, em Ouro Fino (MG), para ir buscar a
sanfona em São Paulo. Lá chegando, descobre que não vendiam sanfona no endereço
que o caixeiro lhe dera. Ao retornar ao hotel onde se hospedara, acaba
comprando uma sanfona igualzinha à que tinha ido buscar, pelo valor das
prestações que faltavam pagar, 700 mil réis, e que ele havia arrecadado com a
venda da sanfona de 48 baixos.
1939 - Luiz Gonzaga dá baixa das Forças Armadas,
impulsionado por um decreto que proibia para os soldados um engajamento
superior a dez anos no Exército. Desembarca no Rio com bilhetes comprados para
Recife, de navio, de onde pretendia voltar de trem para o Exu. Enquanto aguardava
a chegada do navio que o levaria ao Recife, resolve conhecer o Mangue, o bairro
boêmio vizinho. E lá, com sua sanfona Honner branca, faz sucesso tocando
valsas, tangos, choros, foxtrotes e outros ritmos da época. Através de um
músico amigo, o baiano Xavier Pinheiro, casado com uma portuguesa, Gonzaga vai
morar no morro de São Carlos, à época tranqüilo reduto português no Rio.
Explode a
segunda Guerra Mundial. O Brasil é literalmente invadido pela música
estrangeira, principalmente a Norte Americana.Conhece o violonista Sepetiba. É
o ano em que se apresenta pela primeira vez em um palco, no cabaré O Tabu na
rua Mem de Sá.
1940 - Como outros artistas disputa à
duras penas um lugar ao Sol. Toca todo tipo de música, de Blues a Fox Trotes;
imita artistas famosos da época, como Manezinho Araújo, Augusto Calheiros e
Antenógenes Silva. Começa a apresentar-se em programas de rádio, como calouro.
Luiz Gonzaga modifica o seu repertório, pressionado por estudantes cearenses, e
consegue tirar nota máxima no programa Calouros em desfile, de Ary
Barroso, na Rádio Tupi, executando a música Vira e Mexe, um “xamego”
(chorinho) lá do seu pé-de-serra. Pouco tempo depois vai trabalhar com Zé do
Norte no programa A hora sertaneja, na Rádio Transmissora. Chega ao Rio
seu irmão José Januário Gonzaga (Zé Gonzaga), fugindo da seca devastadora e
trazendo um pedido de ajuda por parte de Santana. Zé Gonzaga passa a morar com
o irmão.
O resto você vê no filme “GONZAGA DE PAI PARA FILHO”
Fonte: site - www.luizluagonzaga.mus.br
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